Troque o balde de água fria por uma doação e faça a diferença

É incrível como algumas coisas viralizam de uma forma inimaginável. Bastou Mark Zuckerberg pegar um balde com água, colocar gelo, virar em cima de si mesmo, desafiar alguns amigos a fazerem igual, entre eles Bill Gates, e postar o seu vídeo nas redes sociais para virar uma febre mundial e chamar a atenção do mundo para a Amyotrophic lateral sclerosis (ALS), também conhecida como Doença de Lou Gehrig.

A esclerose lateral amiotrófica (também conhecida pela sigla ELA), é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. No ano passado a Associação Americana de ELA (Alsa, na sigla em inglês), realizou a mesma brincadeira e não teve adesão. Apenas neste ano famosos aderiram e ajudaram a popularizar a campanha.
A gente sabe que nem todo mundo que topou o Ice Bucket Challenge (desafio do gelo) doou alguma quantia em prol do combate à ELA, mas é inegável o efeito positivo que a campanha causou. Você já parou para pensar se isso seria possível na era pré-redes sociais? Sem Facebook, Instagram e etc., o resultado seria infinitamente menor.

O time de dados do Facebook analisou o viral, começando na primeira semana de junho até o dia 17 de agosto. De acordo com a rede social, mais de 28 milhões de pessoas foram impactadas e entraram na conversa sobre a iniciativa. O assunto ainda gerou aproximadamente 2,4 milhões de vídeos no Facebook. Os posts começaram em Boston (EUA), mas o desafio já atingiu quase todos os países do mundo. O Top 10 de países, em ordem de participação, é:

  1. 1. Estados Unidos
  2. 2. Austrália
  3. 3. Nova Zelândia
  4. 4. Canadá
  5. 5. México
  6. 6. Brasil
  7. 7. Alemanha
  8. 8. Filipinas
  9. 9. Porto Rico
  10. 10. Índia

Ação social ou apenas exposição?

Assim como nos vídeos dos famosos, ser diagnosticado com ELA é, para o paciente, uma espécie de “banho de água fria”. Da mesma forma que o Alzheimer ou o Parkinson, a ELA é uma doença degenerativa do sistema nervoso que não apresenta cura e tem quadro irreversível. Felizmente, é uma enfermidade pouco comum: afeta 1,5 em cada 100 mil pessoas.

Como todo viral, os críticos começaram a questionar até que ponto uma iniciativa como essa traz resultados reais para a causa a que se propõe ou não passa de puro exibicionismo. Independentemente da sua posição, a campanha arrecadou US$ 15,6 milhões em doações no período de 29 de julho a 18 de agosto, para a Associação Americana de ELA. No mesmo período, em 2013, a instituição conseguiu “apenas” US$ 1,8 milhão. No Brasil, a Associação Pró-Cura da ELA arrecadou R$ 16 mil, em 48 horas (de domingo, 17, até terça, 19). Em todo o ano passado, foram doados cerca de R$ 12 mil reais.

Quer participar da campanha e ajudar de fato???

Não precisa jogar um balde de água fria em si mesmo, basta doar diretamente às instituições. No Brasil, além da associação citada acima, outras duas instituições trabalham na pesquisa e investem no tratamento da doença: o Instituto Paulo Gontijo e a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (Abrela). No site de cada uma, você encontra o número da conta bancária para fazer doações.

Associação Pró-Cura da ELA: www.procuradaela.com.br
Instituto Paulo Gontijo: www.ipg.org.br/ipg/index/lan/br
Abrela: www.abrela.org.br

Ubis – Ideias Digitais
www.ubis.com.br

Esta entrada foi publicada em Google, Internet, Mídias Sociais, WebNews. Adicione o link permanenteaos seus favoritos.

Os comentários estão encerrados.