Todas as pessoas possuem habilidades e um potencial a ser liberado. Quando esse potencial não é trabalhado é necessário controlar as atividades delegadas o tempo todo. É assim que reconhecemos a liderança, a figura de um líder. Ao observar sua equipe vemos que tipo de perfil é encontrado. Pessoas motivadas? Que fazem a diferença? Ou um grupo que faz o famoso “arroz com feijão” e não trabalha a criatividade?
A iniciativa, ou melhor, a proatividade precisa ser constantemente estimulada. Para conquistar uma equipe que realize sem necessariamente precisar de ordens, que crie e inove com as situações apresentadas no dia a dia não apenas reproduzindo situações, precisamos liderar de maneira segura, delegando atividades. Costumo citar que em uma empresa temos o gerente que fiscaliza e controla as ações dos funcionários. E temos o líder em cargo de gerência que desenvolve os potenciais dos seus subordinados.
Mesmo quem por natureza sai na frente tomando atitude necessita de incentivo para não desanimar e continuar dando soluções, resolvendo problemas e encontrando novas saídas. Trabalhar a iniciativa das pessoas mostrando que elas devem ser uma solução e não um problema é desenvolver nesse individuo o paradigma da pessoa completa.
Estimulada pelo líder, ou seja, seu chefe direto, uma pessoa pode ser proativa e ter as quatro áreas de seu desenvolvimento interligadas de maneira única: mente, coração, corpo e alma. A mente desenvolve o controle para tomar decisões e avaliar as situações. O coração em equilíbrio ativa a facilidade de se relacionar e confiar, enquanto o corpo representa a parte física que precisa estar em sintonia. Já a alma representa a necessidade de fazer a diferença, ou seja, de criar, crescer, atuar e ser reconhecido por isso.
As pessoas, de maneira geral, todas, sem exceção, têm potencial. O que falta hoje são líderes que desenvolvam o potencial das pessoas. O verdadeiro líder é quem enxerga essa capacidade humana antes mesmo do indivíduo enxergar. Um funcionário que chega no horário, bate ponto, segue sua rotina, almoça, volta ao trabalho sem atraso e termina suas atividades pontualmente no final do expediente, por exemplo, nem sempre é sinônimo de competência. O profissional pode ser regrado, responsável com horários e nem por isso ele pode ser considerado proativo.
A capacidade de inovar está além de seguir convenções. É a união da responsabilidade com o fazer acontecer. Cumpro minhas obrigações e vou mais além porque preciso disso para me sentir vivo, produtivo e em constante mutação. Para alguns, essa atitude é natural e, se bem estimulada, com elogios e incentivo, se transforma em grande potência. Se não, uma pessoa com todas essas habilidades pode se acomodar, se encher de frustrações e conseqüentemente tornar-se reativa. Por isso é tão necessária a figura do líder que enxerga as potencialidades e as administra a favor dos funcionários e do progresso da empresa.
Essa motivação acontece de dentro para fora, não de fora para dentro. A construção de indivíduos proativos, sejam os que têm iniciativa por natureza, ou não, acontece com habilidade e competência do gestor que possui a capacidade de olhar para além das necessidades básicas do trabalho desenvolvido. Esse gestor consegue enxergar mente, coração, corpo e alma de sua equipe e sai na frente, pois tem um trabalho de qualidade e agrega valor as pequenas atividades profissionais que gerencia. Ou seja, ganha todo o ciclo profissional. E mais que isso: criam-se indivíduos satisfeitos e preparados, ou melhor, profissionais proativos, no sentido completo da palavra!